30.12.03
29.12.03
A Econoist publicou um texto muito bom sobre os cafés da Europa do Século XVIII, com a óbvia comparação com a Internet.
Os Melhores do Ano - Ficção
Pattern Recognition é o primeiro romance do escritor de ficção científica William Gibson passado no "mundo real". O livro, no entanto, carrega muito do arsenal que Gibson desenvolveu para criar seus mundos cyberpunk. A diferença é que ele observa e documenta tendências em lugar de extrapolá-las e tecê-las em panoramas plausíveis.
PR acaba de vez com qualquer questionamento que o autor mais influente sobre Gibson é Raymond Chandler - que recomendava que se desenvolvesse o estilo, já que o resto podem tomar de você. No livro, a cool hunter Cacey é contratada por um mediaman nojento e genial para localizar o criador ou criadores do Footage - pedaços de filme enigmáticos, tocantes e tecnicamente perfeitos que aparecem aleatoriamente na Internet. Puro McGuffin. PR quer mesmo é explorar o panorama cultural contemporâneo.
Por que outro motivo Cacey lembra tanto uma versão da ativista antibranding Naomi Klein? Por que o 11 de setembro apareceria de forma tão marcada - e bem pensada - quanto aparece? Máfia russa, Japão, comunidades online e o estouro da bolha pontocom são costurados em uma história coerente e intrigante. A forma do whodunit é fácil e já batida. Do mesmo modo que Neuromancer - escrito vinte anos antes -, PR vale o esforço pelas paisagens e idéias apresentados.
Reconhecendo um dos maiores, se não o maior, denominador comum dos nossos tempos, as marcas têm papel central no livro. Juntamente com o design, há uma atenção quase fetichista sobre elas. Computadores, celulares, comidas, tudo tem um nome. Ninguém liga um computador, liga um Cube da Apple, descrito em detalhes, como se eles fossem tão potenciais quanto decks de acesso à Matrix em lugar de produtos conhecidos. Em contrapartida, as pessoas são reduzidas a topoi - tipos com uma ou outra característica própria. Euromales, old money, indies.
Se em outras obras - na citação de bandas de um André Takeda ou na Pocari Sweat do Listener de Ellis - isso não se condensa em nada mais que um catélogo de nomes, em Pattern Recognition isto está integrado à narrativa em diversos níveis. A começar por Cacey, uma mutante totalmente adaptada aos nossos tempos. Seu poder - muito mais legal que o da maioria dos estudantes da Escola Xavier - é perceber se uma marca ressoa com a zeitgeist ou já foi ultrapassada por ela, identificando com apenas um olhar se uma identidade funciona ou não. A fraqueza dela - antes um aspecto secundário do seu poder - é a alergia a marcas saturadas, forte o suficiente para provocar reações físicas.
Entre a habilidade e a busca de Cacey, Gibson cria espaço suficiente para comentar nossas relações com as marcas em diversos aspectos. A cool hunter é capaz de detectar marcas que já ultrapassaram seu pico e se integraram à paisagem ou simplesmente ficaram passè. Essas não provocam mais alergia. Cacey não tem só uma consciência global dos efeitos, mas também local. Marcas que em Nova York não causariam mais nada ainda fazem mal em Londres. E ela precisa se desviar das lojas de antigüidades carregadas de suásticas em Viena. Observações como essas - que às vezes ocupam apenas duas ou três linhas no texto - lotam PR e passam quase despercebidas. Outro exemplo é a insistência de Cacey em chamar a Inglaterra de "mirror world" - um lugar muito parecido com os EUA, mas com pequenas diferenças que a lembram a distância. Pontos para a prosa de Gibson, que se funde perfeitamente ao seu poder de observação, enfiando alguns documentários do People and Arts no meio do romance.
A integração ao conteporâneo do romance, no entanto, deixa a impressão que ele terá uma vida breve enquanto obra literária independente de dicionários e semelhantes. Em poucos anos, com as sucessivas marés de marcas e modas, muito do livro se tornará incompreensível. Por outro lado, Pattern Recognition vai para o lado de O Grande Gatsby, 2001 e os próprios livros de Chandler como mapa mental de sua época.
Pattern Recognition é o primeiro romance do escritor de ficção científica William Gibson passado no "mundo real". O livro, no entanto, carrega muito do arsenal que Gibson desenvolveu para criar seus mundos cyberpunk. A diferença é que ele observa e documenta tendências em lugar de extrapolá-las e tecê-las em panoramas plausíveis.
PR acaba de vez com qualquer questionamento que o autor mais influente sobre Gibson é Raymond Chandler - que recomendava que se desenvolvesse o estilo, já que o resto podem tomar de você. No livro, a cool hunter Cacey é contratada por um mediaman nojento e genial para localizar o criador ou criadores do Footage - pedaços de filme enigmáticos, tocantes e tecnicamente perfeitos que aparecem aleatoriamente na Internet. Puro McGuffin. PR quer mesmo é explorar o panorama cultural contemporâneo.
Por que outro motivo Cacey lembra tanto uma versão da ativista antibranding Naomi Klein? Por que o 11 de setembro apareceria de forma tão marcada - e bem pensada - quanto aparece? Máfia russa, Japão, comunidades online e o estouro da bolha pontocom são costurados em uma história coerente e intrigante. A forma do whodunit é fácil e já batida. Do mesmo modo que Neuromancer - escrito vinte anos antes -, PR vale o esforço pelas paisagens e idéias apresentados.
Reconhecendo um dos maiores, se não o maior, denominador comum dos nossos tempos, as marcas têm papel central no livro. Juntamente com o design, há uma atenção quase fetichista sobre elas. Computadores, celulares, comidas, tudo tem um nome. Ninguém liga um computador, liga um Cube da Apple, descrito em detalhes, como se eles fossem tão potenciais quanto decks de acesso à Matrix em lugar de produtos conhecidos. Em contrapartida, as pessoas são reduzidas a topoi - tipos com uma ou outra característica própria. Euromales, old money, indies.
Se em outras obras - na citação de bandas de um André Takeda ou na Pocari Sweat do Listener de Ellis - isso não se condensa em nada mais que um catélogo de nomes, em Pattern Recognition isto está integrado à narrativa em diversos níveis. A começar por Cacey, uma mutante totalmente adaptada aos nossos tempos. Seu poder - muito mais legal que o da maioria dos estudantes da Escola Xavier - é perceber se uma marca ressoa com a zeitgeist ou já foi ultrapassada por ela, identificando com apenas um olhar se uma identidade funciona ou não. A fraqueza dela - antes um aspecto secundário do seu poder - é a alergia a marcas saturadas, forte o suficiente para provocar reações físicas.
Entre a habilidade e a busca de Cacey, Gibson cria espaço suficiente para comentar nossas relações com as marcas em diversos aspectos. A cool hunter é capaz de detectar marcas que já ultrapassaram seu pico e se integraram à paisagem ou simplesmente ficaram passè. Essas não provocam mais alergia. Cacey não tem só uma consciência global dos efeitos, mas também local. Marcas que em Nova York não causariam mais nada ainda fazem mal em Londres. E ela precisa se desviar das lojas de antigüidades carregadas de suásticas em Viena. Observações como essas - que às vezes ocupam apenas duas ou três linhas no texto - lotam PR e passam quase despercebidas. Outro exemplo é a insistência de Cacey em chamar a Inglaterra de "mirror world" - um lugar muito parecido com os EUA, mas com pequenas diferenças que a lembram a distância. Pontos para a prosa de Gibson, que se funde perfeitamente ao seu poder de observação, enfiando alguns documentários do People and Arts no meio do romance.
A integração ao conteporâneo do romance, no entanto, deixa a impressão que ele terá uma vida breve enquanto obra literária independente de dicionários e semelhantes. Em poucos anos, com as sucessivas marés de marcas e modas, muito do livro se tornará incompreensível. Por outro lado, Pattern Recognition vai para o lado de O Grande Gatsby, 2001 e os próprios livros de Chandler como mapa mental de sua época.
28.12.03
As pessoas chegaram aqui procurando
the sims como fazer mesh body; neuromancer download; flex mentallo; imagens fofinhas infantis; www.historia dodia; ENSINANDO LEITURA COM hq; pinball; bruce wayne fugitivo; vagabond; adrian tomine; alex antunes neuromancer; baixar filmes pornos completo e dez mil pessoas procurando dicas desse jogo.
27.12.03
26.12.03
Está oficialmente aberta a temporada de retrospectivas de 2003 neste blog.
Se alguém quiser colaborar com seus melhores livros, recistas, sites e quadrinhos do ano, é só me mandar um e-mail que eu colo aqui, com crédito e link.
Se alguém quiser colaborar com seus melhores livros, recistas, sites e quadrinhos do ano, é só me mandar um e-mail que eu colo aqui, com crédito e link.
25.12.03
The goal behind this painless four-step plan is to seem smarter without having to read any books, listen to classical music, or depend on crutches like word-of-the-day toilet paper. By making a few minor modifications to your behavior, you will give the impression to those around you that you are smarter- -not only smarter than you were before, but, more importantly, smarter than they are.
24.12.03
An old lover of mine once told me that there are people who talk about events, people who talk about people and people who talk about ideas. Combine this with collaboration vs. competition and here is another set of axes along which we can consider bloggers.
O escritor J. G. Ballard recusou o título de Comandante do Império Britânico. Aqui ele explica suas razões.
23.12.03
Become sociopathically overconfident. ESCAPE FROM GENERICASee how boldly I guess about what readers like and dislike? I’m preposterously full of myself when I’m writing. Where would Norman Mailer or Gore Vidal be without their massive egos? They’d be slouching around the house, writing self-doubting but vague letters to the rabbit. As Frances McDormand’s character said in “Almost Famous,” “Be bold, and mighty forces will come to your aid.”
Coleções de jogos antigos têm explorado o apelo dos jogos antigos, que vão além da nostalgia. De fato, os clássicos dos videogames são obras-primas do design minimalista.
A primeira aeronave particular a quebrar a barreira do som é uma séria concorrente ao X Prize - que promete dez milhões de dólares para a equipe que colocar uma nave com três pessoas no espaço duas vezes em duas semanas.
22.12.03
21.12.03
20.12.03
It's a damn stupid question in the first place, "What's your favourite book?" When did anyone ever ask that of anyone else, in the course of regular social intercourse? It has no answer. There isn't a book so peerlessly good that it dwarfs all other books, unless you're prepared to say Ulysses and run the risk of getting glassed in the face.
19.12.03
A Slate publicou um texto sobre Alan Moore, dizendo basicamente que ele é o mais importante escritor de quadrinhos de todos das últimas décadas.
Novamente, estou tentando me desfazer do materialismo, vendendo livros, quadrinhos e cds. Além de me elevar espiritualmente, é uma tentativa de levantar fundos para ter mais mais tempo para procurar emprego no Sul Maravilha, caso não passe no Trainee da Folha.
A lista completa está aqui.
A lista completa está aqui.
17.12.03
Por que a política contemporânea não aparece nos videogames? Steven Johnson imagina um simulador de campanhas.
16.12.03
J. R. R. Tolkien’s fans have long maintained a certain conspiracy of silence concerning Wagner, but there is no point in denying his influence, not when characters deliver lines like “Ride to ruin and the world’s ending!”—Brünnhilde condensed to seven words.
Empresas farmacêuticas contratando estudiosos para ter estudos com resultados melhores? Farsas descaradas? Por que isso não me surpreende?
Um texto - bem fraquinho, por sinal - sobre a influência dos livros em assassinatos e outros crimes.
Eu achava que vocês eram mais atentos. O pior é que não sei como apagar aquela bagaça. Obrigado pelo interesse, mas prefiro continuar só com os meus blogs de coisas - e as ocasionais reclamações por e-mail que acompanham os anúncios de ficção.
Terry Prachett dá a receita para curar a depressão pós-livro: outro livro. Espero que mamães tenham o bom senso de não seguir tal conselho.
15.12.03
Todo dezembro vê uma edição da New York Times Magazine que faz uma retrospectiva do ano pelo prisma das idéias. (usuário: leituras; senha: dodia)
14.12.03
Saddam Hussein foi capturado. Isso e o peru de Ação de Graças devem garantir a reeleição do Bush. A não ser que soldados continuem a morrer no Iraque, alguém lembre que Bin Laden continua sumido há mais de dois anos e os democratas percam o medo de perder os votos que não são deles mesmo.
Let's not bicker and argue about who killed who!
What Monty Python Character are you?
brought to you by Quizilla
13.12.03
12.12.03
Xeni Jardin - uma das boing boingers - falou sobre blogs na ArtFutura. O texto está aqui, resumindo vários pontos com uma clareza fantástica.
I am a Christian. I believe that God is all around us and that He is the salvation of humanity. I am not however a lunatic unable to see past my Bible bashing to the real world beneath. But the fact that I have to qualify my original statement - and indeed my sanity - proves the need for an organisation such as Christians Against Ridicule.
11.12.03
Cecília Giannetti reflete sobre a relação entre ferramentas, rotina de produção e literatura. Se ela continuar assim enquanto termina - escreve, reescreve - seu romance, vai pirar. E tome tese de mestrado sobre a obra literária e crítica da escritora maluca do Lido, internada antes dos trinta anos para nunca mais ver a luz do dia.
A capa do Caderno Dez de hoje é minha, uma matéria sobre fãs de animês e mangás. Aproveitei e comentei Otaku - Os Filhos do Virtual, livro de tema que seja perto. Parece até que a editora jogou um parágrado fa coluna para a matéria. (usuário: silver; senha 121253)
Entre as minhas diversas falhas de caráter, há uma impaciência enorme com a ficção científica que foge da tradição Orwelliana do gênero como comentário sobre o presente. Todo o pouco que leio de FC - Gibson, Ellis, Huxley, Dick - pertence a esse campo dos cronistas disfarçados. O resto, ou me irrita pela falta de idéias boas ("olha o monstro, a nave, o alien") ou pela total falta de relevância (as histórias falam sobre nada) ou não é proprimente FC.
Então, estou pedindo recomendações de contos de autores clássicos. Três contos é um bom número para começar. Remixes de filmes e séries de televisão serão ignorados
Então, estou pedindo recomendações de contos de autores clássicos. Três contos é um bom número para começar. Remixes de filmes e séries de televisão serão ignorados
10.12.03
Uma das peças-chave do anti-intelectualismo é a substituição de significados, razões e aquelas coisas boas que sobraram do Iluminismo por sentimentos e impressões - coisa que todo mundo tem, é mais difícil de questionar e, portanto, é mais "democrática" - na arena pública.
Ativistas estão pedindo o fim das pesquisas em neuromarketing, a mistura macabra de publicidade e neurociência que estuda os efeitos da primeira sobre o cérebro das vítimas. Agora que a caixa foi aberta, fechá-la só atrasa o processo: cedo ou tarde alguém vai reproduzir e avançar com experimentos que tem como objetivo fazer com anúncios dêem o drible no seu raciocínio.
Então o negócio é ir desenvolvendo suas técnicas de judô memético.
Então o negócio é ir desenvolvendo suas técnicas de judô memético.
Em breve, pode contar com exames medindo o nível de poluentes no seu organismo quando for fazer um check-up. (para ler a matéria, você tem que ver uma propaganda curta, em flash ou html).
A Wired publicou uma matéria sobre Santos Dummont - que apesar de ter uma tecnologia superior, ter voado em público e ser muito mais cool - parece mesmo ter voado depois dos irmãos Wright.
Não é segredo que gosto de livros infantis. Quando eles são bons - e a maioria é lixo puro, com propósitos educativos que só devem interessar a pais chatos, professores toscos e editores que conhecem seu mercado - eles têm coisas que os livros para adultos não têm. Me encanta em particular uma ausência de motivos por que as coisas são como são. As imagens correm soltas, numa abertura textual rara em livros para adultos.
Coraline, de Neil Gaiman, é um desses livros, onde as crianças não são burras dentro ou fora do textos, e ninguém explica nada nem tem lição de moral.
Coraline é uma menina inglesa - pequena para sua idade - que se muda com os pais para uma apartamento, montado em uma casa antiga reformada. No tédio antes das aulas começarem, Coraline explora o passado da mansão e as imediações, enquanto seus pais trabalham sem ligar muito para a pequena. Num dia particularmente tedioso, a menina conta todas as janelas e portas, ficando intrigada com uma em particular.
Claro que Coraline atravessa a porta, encontrando a outra casa e sua outra mãe e seu outro pai - idênticos aos originais, exceto pelos botões costurados no lugar dos olhos. Eles convidam a menina para ficar neste mundo, onde ele pode fazer o que quiser nunca tem que comer comidas de receitas. Daí, confusões acontecem.
O livro é uma delícia e dá para perceber que Gaiman se divertiu muito escrevendo-o. Ao mesmo tempo que ele trata as crianças com respeito - a coisa mais difícil num livro infantil, acho eu - ele esconde uma e outra surpresa para os adultos.
A edição nacional tem as ilustrações de Dave McKean (o mesmo das capas de Sandman) - que eu não aproveitei porque sou um pobre ladrão safado que leu o livro pirateado - e é um presentão para crianças espertas e adultos bobos.
Acho que vou emendar e ler uma edição linda de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho que meus pais ganharam há uns natais - e que eu vou roubar muito.
(Aproveitando a oportunidade, quais seus livros infantis preferidos? Quando moleque e como adulto?)
Coraline, de Neil Gaiman, é um desses livros, onde as crianças não são burras dentro ou fora do textos, e ninguém explica nada nem tem lição de moral.
Coraline é uma menina inglesa - pequena para sua idade - que se muda com os pais para uma apartamento, montado em uma casa antiga reformada. No tédio antes das aulas começarem, Coraline explora o passado da mansão e as imediações, enquanto seus pais trabalham sem ligar muito para a pequena. Num dia particularmente tedioso, a menina conta todas as janelas e portas, ficando intrigada com uma em particular.
Claro que Coraline atravessa a porta, encontrando a outra casa e sua outra mãe e seu outro pai - idênticos aos originais, exceto pelos botões costurados no lugar dos olhos. Eles convidam a menina para ficar neste mundo, onde ele pode fazer o que quiser nunca tem que comer comidas de receitas. Daí, confusões acontecem.
O livro é uma delícia e dá para perceber que Gaiman se divertiu muito escrevendo-o. Ao mesmo tempo que ele trata as crianças com respeito - a coisa mais difícil num livro infantil, acho eu - ele esconde uma e outra surpresa para os adultos.
A edição nacional tem as ilustrações de Dave McKean (o mesmo das capas de Sandman) - que eu não aproveitei porque sou um pobre ladrão safado que leu o livro pirateado - e é um presentão para crianças espertas e adultos bobos.
Acho que vou emendar e ler uma edição linda de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho que meus pais ganharam há uns natais - e que eu vou roubar muito.
(Aproveitando a oportunidade, quais seus livros infantis preferidos? Quando moleque e como adulto?)
"The vast majority of drugs - more than 90 per cent - only work in 30 or 50 per cent of the people," Dr Roses said. "I wouldn't say that most drugs don't work. I would say that most drugs work in 30 to 50 per cent of people. Drugs out there on the market work, but they don't work in everybody."
9.12.03
6.12.03
3.12.03
Dia de Gibi Novo: Two-Step 1
Faz tempo que eu não comento um gibi aqui. Mesmo tendo lido alguns, a maioria ou estava no meio de uma história grande (New X-Men, o ótimo Stormwatch Team Achilles), apareceu na minha coluna (O Nome do Jogo) ou é simplesmente sem graça. Pois bem, Two-Step não tem se encaixa em nenhuma das possibilidades.
Depois de terminar Transmetropolitan, Warren Ellis se enfiou em um monte de projetos curtos e na série de singles Global Frequency. A maioria desses projetos se parecia mais com ensaios ou anotações para a criação de um mundo do que histórias propriamente ditas. MEK e Tokyo Storm Warning se destacaram neste sentido. Com desenhos de Amanda Conner, Two-Step parece ter tudo para fugir à regra.
Se o primeiro número é indicativo, a série em três edições é meio um resto das pesquisas de Ellis. Centrada em torno de uma camgirl - parecida com o listener da história de mesmo nome - que vaga por Londres registrando seu cotidiano e mostrando os decotes. Num dia de tédio extremo, ela resolve seguir um homem que persegue um ladrão. Ela não sabe, mas ele é um assassino zen.
Two-Step parece aproveitar algumas das idéias que Ellis não conseguiu enfiar nas histórias de Spider Jerusalem, mas destacando a comédia e liberando-as de qualquer espécia de estrutura ou necessidade narrativa. Somando-se isso à Londres carregada de elementos indianos, o gibi é estranho, divertido e despretensioso. E A Cavalgada das Valquírias é impagável.
A revista está em dois arquivos zip na página da lista.
Faz tempo que eu não comento um gibi aqui. Mesmo tendo lido alguns, a maioria ou estava no meio de uma história grande (New X-Men, o ótimo Stormwatch Team Achilles), apareceu na minha coluna (O Nome do Jogo) ou é simplesmente sem graça. Pois bem, Two-Step não tem se encaixa em nenhuma das possibilidades.
Depois de terminar Transmetropolitan, Warren Ellis se enfiou em um monte de projetos curtos e na série de singles Global Frequency. A maioria desses projetos se parecia mais com ensaios ou anotações para a criação de um mundo do que histórias propriamente ditas. MEK e Tokyo Storm Warning se destacaram neste sentido. Com desenhos de Amanda Conner, Two-Step parece ter tudo para fugir à regra.
Se o primeiro número é indicativo, a série em três edições é meio um resto das pesquisas de Ellis. Centrada em torno de uma camgirl - parecida com o listener da história de mesmo nome - que vaga por Londres registrando seu cotidiano e mostrando os decotes. Num dia de tédio extremo, ela resolve seguir um homem que persegue um ladrão. Ela não sabe, mas ele é um assassino zen.
Two-Step parece aproveitar algumas das idéias que Ellis não conseguiu enfiar nas histórias de Spider Jerusalem, mas destacando a comédia e liberando-as de qualquer espécia de estrutura ou necessidade narrativa. Somando-se isso à Londres carregada de elementos indianos, o gibi é estranho, divertido e despretensioso. E A Cavalgada das Valquírias é impagável.
A revista está em dois arquivos zip na página da lista.
The dirty little secret of some nonfiction writers like myself -- especially those of us who spring from journalism rather than the academy -- is that we don't quite think of ourselves as true writers, at least not of the sort who get called to reflect upon, as the title of this series calls it, "the writing life."
Com o experimento social na China, mudanças significativas estão ocorrendo nos quartos do país. A vida sexual por lá anda tão agitada que há até uma versão de Carrie Bradshaw. (NYT - usuário: leituas; senha: dodia. Na Salon vpcê var ter que assistir um comercial em flash.)
1.12.03
Quando se entende um pouco melhor a rotina de um escritório de patentes, dá para entender alguma das confusões de propriedade intelectual. Mas a picaretagem dos advogados e a má fé ajudam, claro.
Por que eu tenho a impressão que os primeiros anos dos videogames foram como uma jam de jazz - mais divertidos para os programadores que para a platéia?
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